6 de junho de 2014

Escrever, Pensar e Publicar

Gosto muito de ler. E isso por muitas vezes me impulsiona a escrever. Só que para escrever, escrever bem, é preciso pensar, e ultimamente pensar tem me proporcionado mais questões do que respostas. Pensar no que o mundo está se tornando, e como isso me transforma também. Seguir o que todos fazem não me parece tão inteligente, afinal, como toda mãe um dia já disse “você não é todo mundo”. Queria que minhas incertezas se limitassem a apenas isso, mas isso só faz gerar mais incertezas sobre quase tudo.
Com meus recém 22 anos completados penso nos dias em que terei então chegado a uma plenitude da mente. Parece ser um dom proporcionado pela experiência e pela idade. Ser um ancião que enfim descobriu os segredos da vida, mas que tem pouco tempo e energia para desfruta-los. Um ser que já não é incomodado pelas incertezas da vida, mas que vive tranquilamente o fim de seus dias. Parece até que estou condenando as pessoas da terceira idade a uma morte eminente, mas por mais que essa seja a trajetória que a vida tende a seguir, creio que eles mesmo tem essa noção e por isso já não se incomodam com coisas insignificantes que só fazem pesar e não acrescentam nada aos nossos dias.
Namorar com sua paixão da juventude. Ter alguém pra chamar de seu até o fim de seus dias. Trabalhar em algo que te satisfaz. Fazer algo que é maior do que você. Fazer algo de coração para um ilustre desconhecido. Deixar um legado e esperar que depois de anos de sua morte alguém numa mesa qualquer tire 10 minutos para falar de quem você foi e da importância que tu teve. São apenas metas que consciente ou inconscientemente temos para nossa vida. Nem todas se realizam, mas cada realização dessas nos torna mais nobres, pelo menos a nossos próprios olhos.

Ao fim desse texto me vem à mente apagar tudo e não publica-lo. Não por não o achar bom suficiente, mas por imaginar que quase ninguém vai parar para ler. Mas esses “quase” são os pequenos pontos que nos tornam maiores e diferente de todo o resto. Escrever, pensar, as vezes dói, mas no fim a reflexão traz um pouco de paz...

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