Vai fazer quase um ano que não escrevo aqui. Por diversos motivos parei de escrever, de compor, de sonhar. A quase um ano também, eu não sei o que é passar um dia sem sentir dores, e isso é muito, mas muito complicado. Dentre as diversas coisas que aconteceram, ela é a que me da mais saudade, apesar de todo o "ódio" anteriormente sentido, o orgulho se desfaz e enfim nasce a paz, e um bom convívio.
Volto a escrever não por saudade disso, mas pra ver se me sinto melhor. Como um velho diário, contando minhas alegrias e dores, mas sem me expor demais.
Das mais diversas coisas que senti, a unica que não vi foi o medo da morte. Desde cedo nunca tive esse medo, e ao estar num momento de exposição a ele, não me vi atingido. O humor sempre me livrou de muitas, e essas vezes ele também foi meu auxilio. Fazer piadas numa cama de hospital, talvez o sonho do Rafinha Bastos.
Sinceramente, depois de tanto tempo assim, é difícil pensar em coisas positivas. O que doí não é o fato dessas coisas terem ocorrido comigo, mas o porque que quase nada mudou. No fim, o que posso fazer não depende só de mim, pois o que posso por mim mesmo fazer é muito pouco, ou quase nada. Me livrar de velhos erros, tentar agradar mais, ajudar mais, é muito pouco comparado a tudo que Ele fez por mim.
Talvez o remédio seja esse, escrever, e lembrar de que alguém pode ler e sua vida melhorar. Texto 1- vamos começar outra vez.
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